É frustrante. Confuso. Nada mais. Apenas um buraco negro daquelas tão intensos capaz de te sugar para o fundo de uma memória irreversível. É terrível, enfim.
Talvez achasse que fosse capaz de superar qualquer espectativa em relação aos meus desprazeres e desgostos, mas estou ficando cada vez mais frágil em relação ao mundo. Um simples nada torna-se um grande problema quando aglutinado com os mais diversos nada's presentes no dia-a-dia de qualquer pessoa, mas que eu, em particular, estou cansada de tentar disfarçar.
É facil para qualquer pessoa me dizer para afastar isso da minha vida, deixar de pensar aquilo e fazer isto. Mas o que se deve pensar quando isso, aquilo ou isto fazem parte de uma memória irreversível que você não quer que seja esquecida naquele lugar frio e seco que é o mundo do esquecimento? É mais dificil ainda fazer as pessoas entenderem que como qualquer outra, eu não sou tão incapaz de seguir um raciocínio lógico e chegar a uma conclusão sensata, acontece que quando não se encherga mais nada além dos próprios pés, você se sente tão cega e sem experiência alguma, que é capaz de trocar cordões de sapatos por palha seca, tudo isso meio a lágrimas e pertubações.
Talvez todos achem que eu não sei o que é sofrer, isso porque eles acham que só eles já sofreram. Pode ser que eles não saibam o que é sofrimento e nunca existiu uma definição ou grau exato para a certificar-se de uma dor como a que eu sinto cada vez que penso no que poderia ser.
Se eu pudesse fazer o tempo voltar, eu voltaria para o tempo em que eu não discontava a minha dor nas palavras escritas, e sim mas pronunciadas.A coragem me falta e eu fico em falta. Falta tudo.
E você ainda queria que faltasse você.