sexta-feira, 26 de agosto de 2011

7

A fantasia real que criastes para ser sentida com os ossos da pele corroída com o tempo, com as marcas de homem do mundo não me deixaram a sós para descansar. Os seus desejos explorando as cavidades explosivas do eu interior habitado, ou a falta do mesmo em qualquer lugar e novamente, que seja. Partes de mim, ou quiçá também partes de você, fundiram-se todas no sentido absoluto de existência, de realismo, de subsistência dos fatos.
Perco a necessidade do supremo e teimo em seus cartazes de erudito exposto. Percorra meus abismos, mas não me deixe a beira de um.

Boneco de Palha ou não, 7 é o suficiente para mim.

domingo, 7 de agosto de 2011

Terra

A vida seca de um lado do horizonte. Pedaço por pedaço. Cai aos prantos na terra enfeitada de cheiros e rituais místicos, soa desgosto por ser o que é: chão.
Pés descalços, unhas atoladas na secura das gotas pobres que lhe inflam a testa, os lábios. E passo por passo, segue a direção do norte, ofuscando qualquer urubu que ouse pousar em sua natalidade. Era maior, seguro de si, da morte, da vida, dos trajetos que o levariam até o descaso. Por enquanto, ainda era Homem.
O sol desapareceu vagamente e ele conseguiu ver suas estrelas. Revirou os olhos e caiu morto. Agora, era homem morto.