sexta-feira, 26 de março de 2010

a semana do tempo

O tempo não voa, não tem asas
Ele jura voltar e acaba partindo
Você se encontra com ele nas brasas do coração
Ele diz que sente muito
Mas não teve como voltar atrás, não

A idéia paira e vai embora,
Deixa e enfeita momentos aleatórios
Da vida de qualquer ninguém
Pro tempo não há tempo
Ele perde a noção de si mesmo

Não tem que dar satisfação
Nós só contamos e o disperdiçamos
Com coisas que nem sempre valem
O tempo perdido.

sábado, 6 de março de 2010

Gota d'água

Não tem sol, nem falação
Apenas aquilo que passou rápido demais
Não tem chuva, só o meu coração
Bate mais rápido e mais lento
Desacompanhando a música desatento
Não tem cura, nem vento
O frio me alimenta, me atormenta
Não tem sombra, nem reflecções
Tem saudade, comemorações
Queria ter uma parte
Talvez que eu já tinha
Uma gota d'água bem pequenininha.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Noite

A noite cai tímida
Estende os braços para um chão frio e úmido
Lembra-se das estrelas refletindo teu olhar
Sabe que em poucas horas vai ter que levantar
Doar-se, dar seu lugar ao clarão
Sentir-se sozinha faz parte do contexto
Por isso ela é tão bonita e serena
Ela sabe que não estará sozinha
Não hoje pelo menos...
Até amanhã então.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pela Noite

Duas pessoas. Dois caminhos. Dois instintos. Dois corações saltitando conforme a música. Uma única noite.
A perturbação momentanea causada pela paixão logo toma o lugar daqueles passos ritmados. Um para. O outro continua andando. Olhares se cruzam. E então eles estão parados. Os dois.
Não há palavras, não há, alias, o que dizer. Foi inesperado e incrivelmente delicioso. Quando se deram por si estavam terminando algo que por motivo desconhecidos, ja havia começado e eles nem sabiam.
Aquilo que não permanece para sempre se torna inesquecível.
E aquilo que era um, se tornou dois novamente.
Foram segundos da mais pura e louca paixão.




texto curto, mas com as emoções de uma criança de 16 anos.