sexta-feira, 29 de abril de 2011

Can't Stop

Domina-me calmamente, mantendo seus pés longe de qualquer poça que queira nos derrubar. Assisto atenta ao espetáculo dos sensos e cá está você, dizendo que já está na hora de tentar, de novo. Juro que recuaria se não fosse as risadas e a naturalidade com que você faz tudo acontecer.

Permaneço imóvel, intacta. E me pergunto se é tudo pra mim. Medo de se arriscar?

Ela alcançou suas pegadas, cheirou os ares como um animal que procura por alimento e perdeu-se na floresta, intensa. Procurava por sabores, texturas e rancores. As pegadas continuavam a lhe chamar -vá longe, mais fundo- e ela respirava com dificuldade, se esforçando para manter a concentração e deparou-se num abismo. Jogou-se. Pois as pegadas seguiam o ar. Perdeu-se.

Eu não posso evitar, arriscar-me é tão bom quanto superar-me. Can't stop, sorry.

terça-feira, 26 de abril de 2011

If it's not like the movies

That's how it should be?


Não foi calmo; Foi bruto, ágil, como se estivesse com pressa de chegar logo e acabar com tudo.

A pressa é inimiga da perfeição? Talvez isso seja mesmo verdade. Mas ninguém, ninguém mesmo pode me culpar.

Eu estou bem, embora as vezes um calafrio percorra o meu cérebro em busca de explicações. Eu aceitei, mas não entendi.

Acabou tão rápido algo que parecia tão natural. Como pode ser?

Eu me sinto como uma turista. Caminhando, agora, por trilhas desconhecidas.

Eu não vou esperar você decidir quando é o momento, mas embora eu tenha decidido isso, não é tão simples assim. Prezo pela minha sanidade.
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If you find yourself alone
Dont remember to call me on the phone
You know I dont wanna be just your friend
So dont try to pretend you get that
While you think about what we had.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tempo

Vá com calma, repetiu freneticamente para o pulso agitado em seu peito, mas ele não parecia lhe ouvir, ou pelo menos não parecia interessado em tentar.

Foram dois anos sem nem ao menos tentar o certo, tentar de novo e então, finalmente, ela abriu seu coração para mais uma primavera. O que são os dias de quem não sente-se inspirado para inspirar? Os dias monótonos e vazios de quem não acorda de manhã com o gosto da saudade?
Esta indo rápido demais, dizia á seu coração. Acalmava-o como quem tenta acalmar uma tempestade, eu quero dizer, isso não depende de ninguém, não é mesmo? Acalmar algo que não pode nem se quer ser controlado. Meu coração bate involuntário, consequentemente, ele sente o involuntário também.
Tempo - diz - dê tempo, ao tempo - repete. E se o tempo precisar de mais tempo para definir-se como tempo o suficiente? Eu preciso de mais dele, não de mais tempo. O tempo só é consequência do querer. Mas afinal de contas, quem eu estou querendo enganar?

Hoje, eu controlo meu coração. Mas eu não quero dizer á ninguém o que fazer. Eu confio em você.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

My heart

Talvez este seja o início de uma nova descoberta. Estou me descobrindo, dos pés à cabeça, de algo diferente, mágico, surreal... Algo que eu já conhecia, mas não tinha me descoberto por inteiro.

De primeira, quando fui pega de surpresa, talvez a pancada tenha sido muito forte e eu fui inconsciente, fui por todos os lados, esbarrando, gritando e tão cega quanto eu poderia ser. No final eu cai e me dei conta de que em todos os cantos por onde tinha passado, jaziam memórias despedaçadas do que poderia ter sido.

Agora estão retirando o meu véu novamente. E assim como antes, eu não esperava por isso. A única diferença é que você esta me guiando.

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Oh, my heart...