quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Concreto

Formei um casulo de concreto
É como uma face que se entrelaça
Em novos meios, novos trejeitos
De viver e ser a vida

É como um chamado oco
Um pensando que paira sem prosseguir
Não procede e não tem conteúdo algum
Minha memória falha
E me rebusco na casca seca

Muitas das vezes não faz sentido
Fico assistindo você me criticar
Poderia engolir sua garganta
Apenas pra você parar de falar
Eu seria incapaz de fingir não querer

O tempo escoe por entre os dedos
E eu sei não haver mais solução
Pela prudência ou incoerência
De argumentos e tormentos
Eu engulo a seco
O mártir frio e negro

Giuliana Sona

[ o texto não reflete nada pessoal, mas o meu pensamento voa mais que o necessário para ser no mínima aceitavel ]

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