quinta-feira, 27 de maio de 2010

Le long du fleuve


Banha-me. Leve e puro como mais nada. É água, é desejo impróprio de coração mal explicado, mal vivido, pouco interessado. Me adormece. Sonharei marés altas, ondas repentinas, areia líquida e sol frio. Mais um dia, cidade cinza! Eu estou aqui. Olhe! Estou aqui. Continuo aqui.


Tudo o que eu vejo são restos. Porta retratos jogados, lágrimas embolando solidão ao som da valsa triste.


No meu sonho eu vou, ao longo do rio, atravessando uma barreira de flores perfumadas e chego naquela árvore seca que faz sombra aquecida. Segura estou. Olhe! Estou aqui. Mas não preciso mais de ti.


Dancei conforme a valsa. A dança acabou. Mas continuo escutando a música... Olhe! Não preciso mais de ti. Mas ainda estou aqui.

3 comentários:

Sílvia disse...

mais um post fantástico *_*

Macaco Pipi disse...

MUITO BOM
ISSO NOS INSPIRA MUITO!

chocoloucos disse...

Quanta inspiração! Utiliza tb os recursos de marcação de texto para destacar trechos e resaltar significados. Muito bom!