Eu me imagino numa estrada de terra seca quando esta começando a escurecer. Estou sozinha, mas duas sombras se formam naquele chão opaco enquanto o sol vai se pôr na cama.
Eu olho, rezo, imploro, choro e não aparece ninguém para prencher a mancha preta cada vez mais nítida no chão.
Então eu imagino que talvez seja só o projeto de imagem que eu criei para você, um pedaço de céu com uma pitada de inferno. Penso também que aquela imagem não me pertence, não esta rente a minha, algo nos separa - algo invisível não só a mim e sim a todos - e nem fomos postos juntos ainda.
O fato de você ser real e eu ter criado o irreal, me torna uma tremenda remendadora de desejos. Eu e um grande vazio.
E como o fim de um livro empoeirado, com folhas grossas e amareladas do tempo, o dia vai sumindo dos meus olhos, meus pés ficam cansados de esperar por esse alguém e eu já sinto a mesma dor de tempos atrás.
Sou a poeira que o sol deixa escapar, sou toda céu e solidão. Você parece estar aqui e um dia vai de fato estar.
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2 comentários:
Querida Giuliana, muito obrigado pelo seu doce e gentil comentario!
Seguindo seu blog e espero que siga o meu tb!
Boa semana e sucesso com seu Blog!
Att
Yaser
http://yaseryusuf.blogspot.com/
"como o fim de um livro empoeirado, com folhas grossas e amareladas do tempo, o dia vai sumindo dos meus olhos". Bela comparação... não é mentira, gostei do seu texto, bem escrito, simples e cativante.
Adorei esse lugar! Voltarei.
http://alma-feminina.blogspot.com/
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